Review/Previews das séries baseadas em HQs - Parte 2 DC
Semana passada falamos sobre algumas das séries da WB: Arrow, Flash e Lendas do Amanhã. Hoje vamos comentar sobre iZombie, também da
WB, Gotham, produzida pela FOX e remoer a cancelada Constantine da NBC!
Infelizmente não tenho o superpoder de parar o tempo, não
consigo acompanhar todas as séries, algumas acabo não assistindo e por conta
disso chamei Renata Cavalheiro, que assistiu a primeira temporada inteira de
Gotham. Não encontrei nenhum amigo que tenha assistido iZombie,
então, vou somente dar uma pincelada sobre o que é esta série.
iZombie
A HQ que baseou esta série foi lançada pelo selo Vertigo,
conhecido por abordar uma temática mais adulta que o selo DC, teve 28 edições e
foi lançada entre 2010 e 2012, com um certo sucesso. A Warner resolveu comprar
os direitos para adaptação e contratou os criadores de Veronica Mars para
colocar nas telinhas esta HQ.
A história fala basicamente sobre Liv (Rose McIver), uma mulher com futuro
brilhante transformada em zumbi. Após esta transformação começa trabalhar
em um necrotério, onde se alimenta de cérebros dos defuntos fornecidos pelo estabelecimento self-service e acaba descobrindo uma habilidade
especial, manter a memória da pessoa falecida, a qual utiliza para resolver casos e tentar manter um pouco de sua humanidade.
Como não assisti, não tenho como dar minha opinião sobre o assunto, porém já adianto que não faço parte do público que esta série mirou, logo, não tenho
interesse em vê-la. Mas se você já for parte deste público ou estiver afim de
ver, diga sua opinião nos comentários!
Gotham
Por: Renata Cavalheiro
Gotham começa seu primeiro episódio apresentando o pequeno
Bruce Wayne (David Mazouz), órfão e sendo criado por Alfred (Sean Pertwee) em
sua mansão herdada após a morte dos pais. A partir daí já podemos concluir que
o seriado falará sobre a infância de Batman, e não só a dele: durante os
primeiros episódios somos apresentados à futura Mulher-Gato e à Hera Venenosa
(ainda crianças), e aos jovens Charada, Pinguim e Duas-Caras, ou seja, a série
está muito mais focada nos vilões do que no Batman em si. E, não me entendam errado,
eu sempre fui muito mais fã dos vilões do que dos heróis, mas Gotham apresenta
várias falhas, e alguns acertos.
A série tem um formato de investigação criminal. Cada
episódio se concentra em um crime a partir daí os personagens vão desenvolvendo
sua história, desde os policias – Gordon e Harvey – até os vilões. A trama gira
em torno dos assassinatos e violência, mostrando a corrupção presente em
Gotham. Alguns atores se destacam pelo seu ótimo trabalho interpretando
personagens conhecidos, como o Pinguim e o Charada, apesar de suas falas e
roteiro serem um pouco óbvios. O Charada, por exemplo, não é chamado assim pelos policias, mas fica fazendo charadas o tempo inteiro dando, muito
obviamente, a entender que ele será o futuro Charada (UAU, quem diria, não é?).
Já o Pinguim acredito que esteja fazendo um bom trabalho, e
já é conhecido como Pinguim logo no começo da série, diferente dos outros
personagens que ainda estão sendo desenvolvidos. A Hera Venenosa e a
Mulher-Gato também são personagens bem óbvios desde o início, acredito que isso
aconteça com o objetivo de atrair mais os fãs dos quadrinhos para a série,
mostrando os personagens conhecidos logo de cara.
Apesar disso, muitos fãs têm reclamado de algumas diferenças
e problemas na série, como o fato de o nome da Hera Venenosa ser Ivy Pepper e
não Pamela Isley. Entretanto, segundo o criador da série, Bruno Heller, em
entrevista concedida ao IGN, a mudança se deve ao fato de que eles estão usando
o universo da DC como base para a série, e não copiando exatamente igual tudo
que acontece nos quadrinhos, pois senão não teriam nada de diferente para
mostrar na série e não chamariam a atenção do público.
Aí vai do gosto do espectador se ele está satisfeito com
essa renovação dos personagens, ou se preferiria uma história mais fiel aos
quadrinhos e a outros filmes feitos com base no Batman. Em relação ao
Duas-Caras e ao Coringa, estes dois personagens ficam um pouco mais escondidos
nesta primeira temporada, e quem não é tão fã dos quadrinhos ou não conhece a
história, talvez não os reconheça logo de cara.
PS: Eu, Nilton, tentei assistir Gotham. Vi até o sexto
episódio mas não gostei, achei a história
totalmente sem nexo, poderiam ter abordado de uma maneira bem diferente. Me frustrou
ver milhares de easter eggs forçados e uma falta de objetivo principal, não
topei esperar sabe-se lá quantas temporadas para ver um novo Batman feito pela
FOX. Preferia algo feito aos moldes de Batman: Terra Um, se fosse para
revitalizar a franquia.
Constantine
A série do fumante mais querido da DC foi envolta de
polêmicas desde que o episódio piloto fujão vazou quase seis meses antes de sua estreia
oficial. Durante sua curta vida, Constantine nos deu tanto alegrias quanto
tristezas.
Alguns defeitos dessa série foram claros desde o início, a
falta de segurança da NBC para com este show estava bem explicita logo que o
episódio que vazou. Alterado pela aceitação mista do público antes de sua estreia
oficial, mudando desde algumas cenas completas a CGIs melhorados, vimos um primeiro
episódio com o tom similar ao criticado filme com Keanu Reeves, até a
atriz deste episódio me lembrou a Rachel Weisz. Acima de tudo, curti esta
introdução, com muitos easter eggs e promissora.
Do segundo episódio em diante a personagem Liv simplesmente
sumiu, sendo sumariamente esquecida em prol da latina Angelica Celaya. Isso me
cheirou muito a falta de comunicação, uma boa conversa entre diretores,
escritores e produtores poderia ter resolvido essa situação desnecessária. Se introduzissem Zed logo no primeiro episódio, faria muito mais sentido.
Em seguida, percebemos a total falta de noção sobre o
tamanho escolhido para o seriado, seriam 13 ou 20 poucos episódios? Minha grana
vai na opção “20 poucos”, o próprio formato (ridículo) de "monstro da
semana" assumido por alguns episódios deu a entender que iriam alternar
entre um episódio filler e outro importante. Isso prejudicou claramente a
história da série, se a emissora tivesse dado luz verde para um
número X de episódios confirmados, com certeza total e absoluta teríamos um
roteiro muito mais coeso. Depois do "intervalo" que viria a se tornar
cancelamento, a emissora deu a desculpa que seriam 13 episódios desde o início,
desculpa terrível, diga-se de passagem. Se fossem realmente 13 episódios a
história teria se desenvolvido de maneira mais rápida e direta, cortando pelo menos 30% da enrolação, se concentrando nos grandes acontecimentos.
Isso que nem falamos ainda da polêmica do cigarro, ponto de discussão principal para todos os fãs de longa data do vocalista da Membrana Mucosa.
Em outra falta de segurança, a NBC foi gradativamente liberando o uso da
droga. Pelo que pesquisei sobre o assunto é uma convenção entre as emissoras
abertas que se evite a exposição de vícios, entre eles, o tabagismo. Não é uma
lei estruturada, mas um acordo entre emissoras e órgãos do governo. Infelizmente
a NBC estava com tanto medo desse seu novo show que foi espremendo
os cigarrinhos de maneira sutil e demorada, como se fosse algo
extremamente vergonhoso e não uma das características mais marcantes do
personagem. Vergonha fico desta emissora não ter tido coragem de assumir a história
da maneira que ela merece, Hannibal é da NBC também, idolatra a história de um
canibal serial killer e ninguém fala nada, hipocrisia é foda.
Enfim, sobre os pontos positivos, os personagens estavam
ótimos, Matt Ryan encarnou o bruxo inglês de maneira primorosa, o elenco de
apoio era mediano mas tinha potencial, Chas (Charles Halford), Manny (Harold Perrineau) e Zed eram bem estereotipados,
mas com o tempo poderiam ter sido melhor utilizados. Os easter eggs foram algo
predominante desde o primeiro episódio, o que mostra que alguém envolvido
naquilo tinha muito respeito pelos fãs. Trazendo personagens da DC como Jim
Corrigan, O Espectro, Felix Faust, Papa Midnite e deixando no ar a existência
de outros como Zatanna, Monstro do Pântano e Dr Destino no mesmo universo. A
história em si começou tropeçando, mas quando achou seu tom infelizmente acabou.
Constantine foi um dos vários exemplos de ótimas séries que
foram canceladas prematuramente. Vimos um canal com uma insegurança digna de um
adolescente tentar retratar uma história que só adultos devem ler, deu no que
deu. Desencontros, más decisões e principalmente falta de coragem fizeram com
que a série que viria retratar o conteúdo incrivelmente foda de Hellblazer
tivesse um final prematuro e melancólico. Mesmo com as inúmeras campanhas dos
atores e fãs para que a série continuasse, ela acabou. Não adianta chorar nem
espernear. Recomendo sim que as pessoas assistam, principalmente as
que tem curiosidade de saber mais sobre o personagem e nunca tiveram a
oportunidade de ir a fundo na sua rica mitologia, tratem essa curta temporada
como uma introdução rápida a alguém que pode vir a ser um belo companheiro
pelas próximas décadas! E que melhores dias acompanhem John na sua saga por uma
boa adaptação, ele merece!
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